Um dos tipos mais comuns de eczema, a dermatite atópica tem início principalmente na infância e não tem ainda uma causa bem estabelecida, o que se sabe é que existe uma predisposição genética, que associada a alguns fatores desencadeantes podem favorecer o aparecimento ou agravar a dermatite atópica.

A principal característica da doença é a pele seca que coça, e que pode apresentar lesões escoriadas (esfoladas) localizadas nas dobras dos braços e das pernas e face lateral do pescoço, podendo vir acompanhada de asma, rinite ou conjuntivite o que leva a ferimentos pelo ato de coçar. Dependendo do tempo da doença e da gravidade do caso, as lesões inicias com vermelhidão e escoriações podem se tornar escuras e mais grossas, levando ao aparecimento de feridas e crostas que podem ser infectadas por bactérias, vírus ou fungos.

Não existem exames específicos para diagnosticar a dermatite atópica. O diagnóstico é clínico e feito a partir da sua história pessoal e familiar e do exame físico.

Para o tratamento o fundamental em todos os casos é hidratar a pele, então com a ajuda do seu médico, você vai escolher o hidratante com o qual você melhor se adapta. Além disso outras medicações podem ser indicadas para aliviar a coceira e diminuir a inflamação e melhorar o seu desconforto. Em alguns momentos pode ser preciso o uso de antibióticos e corticóides.

Ainda não existe cura para a dermatite atópica, porém tratamentos promissores estão surgindo, decorrentes das pesquisas médicas, abrindo novas alternativas para o controle da doença. O importante é sempre estar atento aos sinais de piora do quadro e quando isso ocorrer procurar rapidamente o serviço de saúde.

No próximo dia 18 de setembro às 9h30, haverá uma Audiência Pública para discutir o "Diagnóstico Precoce e Tratamento da Dermatite Atópica na rede de atenção à Saúde das pessoas com doenças crônicas no Estado do Paraná” e será importante a participação de todos!

Autora: Dra. Lígia Márcia Mário Martin